A cirurgia ortognática tem por objetivo corrigir as alterações de crescimento dos maxilares. Essas alterações além de provocar maloclusão (alterações da mordida) e outros prejuízos funcionais, também levam a prejuízos estéticos da face.
A insatisfação com a estética facial é um ponto extremamente importante ao planejar o tratamento dessas alterações. Em casos leves por exemplo, se o paciente não apresentar queixas estéticas da face, podem ser tratados apenas com um tratamento ortodôntico compensatório, através do uso de aparelhos fixos ou alinhadores por exemplo, com o objetivo de mascarar alterações esqueléticas do osso, através da movimentações dentárias.
Entretanto, nos casos moderados a graves, ou em casos em que o paciente apresente queixas importantes sobre seu rosto, a cirurgia ortognática é a forma mais previsível de tratamento. Exemplos de insatisfações dos pacientes são “queixo muito para frente ou para trás”, assimetrias, excesso de exposição de gengiva, face longa ou “achatada”. Se estes casos forem tratados apenas com aparelho, o paciente não ficará satisfeito com o resultado, e optar pela cirurgia ortognática em um segundo momento pode acarretar em um desgaste para o paciente, aumentando muito o tempo de tratamento e até mesmo os custos.
E qual é o padrão estético ideal?
A dra Aline Sebastiani, especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial explica que embora existam diversas análises faciais que o cirurgião utiliza para o planejamento dos casos, é importante entendermos que a estética é subjetiva e extremamente individual. Assim, é muito importante que o cirurgião entenda a queixa do paciente, o que ELE não gosta na sua face, e a partir disso realize o planejamento, sempre ajustando as expectativas do paciente e respeitando algumas características individuais.
A foto ilustra 4 mulheres com perfis faciais totalmente diferentes, embora todos possam ser considerados harmônicos. O padrão facial faz parte das características raciais, e deve ser considerado e respeitado no tratamento.
